Sem comentários... Dormir com o barulho não é mais problema... Aprendi nesses dois anos que tem coisas que valem a pena... Estar junto na cama, xingando, nervoso, se abraçando e gritando é uma delas... O chocolate vira apenas um calmante... 15 minutos parecem não acabar nunca mais...
PS: Meu avô morreu na inauguração do Beira-Rio. Teve um infarto. Tragédias a parte, acho que sei como é isso. É impressionante o meu nervosismo. Se eu decido ver o jogo, é um horror. Parece que eu vou ter um troço no próximo minuto. Que coisa... Chega a dar um cansaço...
Mas citei isso apenas para dizer que mesmo sem ter conhecido meu Vô Arthur, nessas horas sempre penso nele com saudade. É estranho sentir saudade de alguém que nem conheceu... mas ela existe... Afinal, o cara foi o marido da minha vó e o pai da minha mãe... devia ser bem legal.
Sei que ontem lá por cima devia ter um Vô Yvon gritando junto com a gente. Uma Vó Ciça, mesmo colorada, torcendo com ele, porque era isso que ela fazia. Quanto ao Vô Arthur, não posso dizer. Não o conheci. Não sei se seria capaz de torcer pelo grêmio. Acho que não... Mas isso somente a minha mãe pode responder...