A vida pode escorrer por entre os dedos num piscar de olhos... Não se pode viver sem ter gosto, sendo transparente, sendo inútil... É preciso fazer a diferença, deixar marcas, visualizar horizontes... É preciso Ser Intenso... Ser homem... Ser criança... Ser música... Ser arte... Ser Deus... Ser Graça... Simplesmente Ser... e Ser Feliz!

21.6.07

PARA O QUE DER E VIER ...




Foi assim até as 3hs da manhã aqui em casa... torcedores felizes com seu time, gritando pelas ruas... O Grêmio merece... Dormi pouco, lógico... mas dormi muito bem! Queria ter dormido melhor, é lógico. Não to aqui prá montar a banca. Mas o que é tem que se dizer: o grêmio é vitorioso... pode não ter sido campeão, mas foi vencedor...


Quem não esteve na final, no estádio ou dentro de campo, não sabe do que estou falando... não sabe qual é o sentimento que pulsa no coração de cada gremista hoje... não compreende como podemos sentir felicidade...


"A beleza da vida não está na beleza dos prêmios, e sim na simples grandiosidade das vitórias"...


Não esqueçam:


PARA O QUE DER E VIER

COM O GRÊMIO ONDE O GRÊMIO ESTIVER (na segundona ou no segundo lugar...)

20.6.07

DIA DE FELICIDADE!




Ser gremista se prova hoje. Com ou sem vitória. Campeão ou vice.

Esse time merece. Time que veio direto da segunda divisão. Com garra, supremacia, superando a si mesmo.

Vai ser noite de festa. O resultado será o de menos. Claro que queremos vitória, que queremos o campeonato. Possível ou impossível só Deus sabe... A única coisa certa é o sentimento.

Vale prá todos. Prá hoje e prá amanhã.

Que seja um bonito jogo, como acho que o de quarta passada também foi. Reclamar faz parte. Mas que foi bonito foi.

Sorte ao grêmio, porque acho que vai precisar. Garra não preciso desejar porque essa tem de sobra.

E se a gente ganhar a taça, aí sim vou poder encher a boca e dizer: "Esse é o grêmio... sofre até o fim..."

Tomara que eu roa todas as unhas dos dedos por um bom motivo...

Até!

15.6.07

AONDE VAI PARAR ESSE NOSSO MUNDO - FINAL

Prá quem deseja saber como terminou a saga da marquise...
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Semana passada os buracos ao redor da marquise ganharam mureta... Logo, ficou entendido que seria um jardim. O jardim demorou a acontecer, e a família acabou se hospedando no buraco mesmo...
Gente, um horror. Bem ou mal, achei que pelo menos eu não sofreria mais ao chegar em casa por ver aquela gente ali na rua com o frio. Ficou pior... Porque imaginem um canteiro em que tiraram as pedras e ficou o chão, terra e pó de cimento... e agora esse imaginem esse canteiro ser cama... Na tua porta.
Felizmente a família em si, o pai, a mãe e o nenê, simplesmente sumiram do mapa. Não sei se mudaram, se voltaram pro interior ou se foram recolhidos. Sei que se foram. Mas deixaram todos os seus amigos aqui, que também já estavam usando a marquise... E esses amigos não se deixaram abater com o fato de terem esburacado "a casa". Se alojaram no buraco, com colchão, fogareiro, panelas e tudo que tinham direito.
Acabei sofrendo ainda mais. Refleti muito a que ponto vai a humanidade... Eu dormindo bem bela com dois edredons, uma cama king size e reclamando da chuva por ter que sair prá trabalhar e prá academia... Embaixo de mim umas pessoas dormindo no pó de cimento... Não sei se dói mais ver isso ou pensar que tem coisa muito pior...

Retornando a saga... Ontem de manhã quando saí estavam enchendo os canteiros de terra. Pensei: acabou! Quando voltei tinham plantado coroa de cristo em toda a volta do prédio.
Daí me indignei total!!! Posso respeitar as opiniões e ter escrito essa história para refletir, não para impor opiniões, mas quanto à coroa de cristo, vou dizer tudo que penso...
Que horror! Coroa de cristo é uma enorme estupidez! Ridículo. Nosso prédio é do lado de uma escolinha... quantas crianças vão se espinhar e se machucar nessa droga? Quantos bichos dos moradores vão se espinhar nessa droga? Achei um jeito muito criativo de ter certeza absoluta que agora ninguém mais vai dormir ali, sem sombra de dúvida...

Bem ou mal, pensei: acabou! (de novo). Mas não. Por causa de um problema "irresolvível" vários outros foram criados. Além dos espinhos, não temos mais marquise. Como o portão é pequeno, não dá prá abrir a sombrinha antes de sair, ou seja, acabou a proteção prá chuva... Tudo isto prá resolver empurrando com a barriga o problema pro vizinho... Literalmente, vencida a guerra: nos espinhos ninguém vai dormir... Certo ou errado não me interessa. Só que é triste... é problema nosso, de cada um de nós... foi gerado por nós... e é alimentado por nós... Não quero dar lição de moral, porque sinceramente não sei como fazer o que tem que ser feito. Só quero compartilhar a tristeza dessa história que estou vivendo na pele, porque se isso mexer um pouquinho no coração de cada um de vocês, vou continuar acreditando que esse mundo ainda tem jeito, e, tentando fazer a minha parte. Não quero acordar amanhã e ter certeza que o único jeito é botar uma bomba e começar tudo de novo...

Final da história: não acabou nada. As pessoas fazem o que é preciso. Os amigos da família não estavam aqui ontem e hoje, mas os guardadores que vieram parar aqui por causa do acampamento acabaram ficando na zona. Ainda mais que aqui no bairro eles são organizados, tem sindicato e tudo. Pois é. Acho que eles agora tem uma sociedade, porque nunca mais teve menos de 2 juntos. Resultado: eles até não dormem, mas agora passam o dia embaixo dos míseros 80 centímetros que sobraram sem canteiro, na frente do portão. Hoje ao meio dia tinham 3. E eu tive que abrir a sombrinha na chuva porque nenhum deles se dignou a se mexer do lugar. Tudo bem, não sou de açúcar, esse não é problema. A questão é que ele permanece. A gente mexe nele, ele se acomoda e dá um jeitinho de continuar lá.
Eu volto prá contar o final da saga, se ela tiver fim...

8.6.07

A MISSÃO DAS BARATAS - PARTE 1


Muitos sabem que eu venho tentando, inultimente, ao longo dos últimos 29 anos, enfrentar a minha fobia pelas baratas. Não vou descrever aqui a sintomatologia do que ocorre comigo quando enxergo um desses bichos que, carinhosamente, chamo de "as amigas"... Mas tenham certeza que posso assinar meu atestado de loucura e descontrole quando me deparo com elas...

(mera introdução para que quem lê o blog e não sabe deste detalhe sórdido da minha existência possa entender a história abaixo)

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Manhã de sexta-feira, feriadão prá mim. Estava eu tranquilamente comendo um pão antes de sair prá academia, de pé, na cozinha. Me aproximei da pia e, na área de serviço, estava o Pierre (vulgo, o gato) hipnotizado olhando pro cantinho onde se encontram as duas paredes. Sempre que ele olha fixo prá algum lugar, pode contar que tem algum bichinho... Mas não sei porque, pensei direto: uma barata!

E era, uma bela barata, parada bem no cantinho. Não era daquelas enormes, mas era grande. E o pierre parado, a 1/2 metro dela, se preparando pro ataque.

Tive uns 5 segundos prá raciocinar o seguinte: este gato vai atacar a barata, ela vai sair correndo e eu nunca mais vou achar a barata. Mas eu tô de tênis, se ela correr eu posso tentar pisar em cima dela. Mas e se eu não pegar? Mas também não posso passar pro banheiro prá pegar o veneno porque ela vai correr também (o banheiro fica a 1 metro de distância, atravessando a área, em frente a porta cozinha). Ai Meu Deus...

É claro que nesses meros momentos, a beleza do gato se tocou prá cima da barata... e a barata logicamente se mexeu. Só que a amiga tava bebada de veneno (porque é lógico que tenho isca prá barata pela casa toda). Aí eu dei um gritinho ameno: Pára Pierre! E rapidinho pensei que ela não ia fugir rápido... pulei por cima da área, sem olhar prá baixo, senão era capaz de não passar por cima da amiga, peguei o veneno, e consegui dar apenas duas apertadas! Normalmente eu daria umas 20 até que a bicha parasse de se mexer...

Não tive tempo de pensar o que fazer com a barata, porque o Pierre estava levemente inclinado a comer ela... Fui obrigada a pegar papel toalha, e, pasmem, pela primeira vez na minha vida, juntei a barata semi-morta do chão e coloquei no lixo.

Limpei o veneno do chão, peguei o lixo, levei prá rua e fui prá academia...


Antes de sair me dei conta das pequenas vitórias que consegui nesses dois minutos:

* Taquicardia? Sim, bastante. Mas nada assustador como antigamente.

* Palpitações? Nem chegaram perto de mim.

* Pânico? Não. Um pouco... Mas ele não me impediu de fazer o que era preciso...

* Atitude: pela primeira vez na vida, consegui agir imediatamente. As outras duas baratas que eu matei na vida morreram comigo correndo atrás dela com o spray de veneno a 2metros de distância. Uma eu deixei no meio da sala e a Vó Ciça recolheu umas 2 horas depois. A outra tava na minha gaveta e eu enchi a gaveta de veneno e a mãe procurou a barata de noite e tirou de lá... Hoje não. Além de ficar pertinho da barata e dar apenas duas sprayzadas, ainda juntei ela do chão.

* Não morri, não tive falta de ar, não suei frio. Fiquei no limite entre o pânico e o pavor, confesso, mas reagi. Queria mesmo era ter pisado em cima dela... mas já foi um enorme passo juntar a criatura do chão com a minha mão...


Talvez alguns achem que tudo isso é exagero. Somente quem me conhece mesmo sabe o que as baratas representam na minha vida. Elas me põem a prova, porque por mais que eu racionalize que não tenho porque ter medo delas, não consigo controlar o pânico. Diz a Miréia (minha médica de louco) que eu tenho sim, uma fobia, e que isso não é problema nenhum porque todo mundo tem alguma. Só que me incomoda. Me sinto uma idiota. Então estou tentando enfrentar. Por isso esse acontecimento de hoje foi tão importante prá mim.


MORAL DA HISTÓRIA: MAIS VALE TER UM GATO DO QUE UM TANTÃO DE CORAGEM... Porque? Porque se não fosse ele ameaçando atacar a barata, eu não teria tido que tomar a atitude de imediato... e talvez a barata estivesse até agora no meio da área esperando o Diego chegar...


PS: Se prá cada vez que eu disse "sai Pierre" eu ganhasse 10 pila, daria prá pagar um fim de semana em gramado prá família inteira...


TCHAU!!!!


6.6.07

ONDE É QUE VAI PARAR ESSE NOSSO MUNDO?

Essa colocação não quer julgar nem dizer o que é certo ou errado. Quero apenas que a gente pense a que ponto chegou a humanidade...

Eu estava com uma família de desabrigados morando embaixo da marquise do meu prédio. Literalmente. Com colchão, fogão e tudo. Família completa. Adultos, crianças, algo mais...
Fazia uns 10 dias. A cada dia que passava, com esse frio do capeta que tá fazendo, chegar em casa era uma tormenta crescente. O que fazer? Ajudar, ligar prá algum serviço social, não dar bola... Não dar bola era a única coisa fora de questão...

Sem saber fazer alguma coisa, o tempo foi passando, e eu me perguntando: morando aqui onde moro, tudo bonitinho, o prédio super organizado, condomínio atuante, etc,... COMO É QUE NINGUÉM TINHA FEITO NADA AINDA???? Mas sinceramente, tava achando que, assim como eu, ninguém sabia se podia fazer alguma coisa... Mas tava achando estranho demais o silêncio, principalmente do povo do prédio...

Foi então que ontem de manhã, o silêncio mostrou a voz. E aí entendi... mas não estou conseguindo compreender... Polícia? Serviço social de rua? Moradores brigando? Gente xingando? Alguma coisa importante acontecendo? Nada disso... Tiraram o calçamento de toda a volta da marquise, que deve ter um metro de largura e que circunda toda a esquina... Terminaram de quebrar tudo hoje. Amanhã devo descobrir se vão fazer um jardim ou se vão puxar a grade até a beirada do prédio...

Quando eu entrei, não me dei conta. Achei que era arrumação de encanamento, sei lá... Até que a ficha caiu... ATÉ AONDE CHEGARÁ O SER HUMANO? A família? Não tenho a mínima idéia. Se foram junto com o calçamento.

Não quero fazer demagogia e dizer que devem estar procurando outra marquise prá se abrigar. Não quero levantar essa questão, da miséria e da marginalização social.

Quero apenas levantar no coração, e de preferência, na mente de vocês, a inquietação: QUE PAÍS É ESTE QUE VIVEMOS EM QUE, PROBLEMAS COMO ESSE, GERADOS PELO NOSSO SISTEMA, SÃO RESOLVIDOS DESSA FORMA? Já que não podemos fazer nada, varremos o problema da nossa vida prá que ele passe a incomodar outra vida que nada tem a ver com a nossa... ESSE É O PAÍS ONDE AS COISAS ANDAM SENDO EMPURRADAS COM A BARRIGA... ATÉ AS GRADES SE MOVEM...

Não sei de vocês, mas eu não consegui continuar vivendo da mesma forma depois de ontem. A cada dia que passa penso mais que preciso fazer a minha parte sem empurrar ela pros outros...
Taí uma baita dificuldade...

4.6.07

TEORIA AZUL DOS PROBLEMAS DE CORAÇÃO




Criação: minha

Data da divagação: 4 de junho, segunda feira, 9 da manhã

Local da inspiração: Menino Deus, Porto Alegre, no trajeto entre minha casa e a academia.


Pequisa: Gremistas não tem problemas sérios de coração


Idéias chave:

* nosso coração é preparado para emoções fortes;

* durante os jogos e entre eles somos tomados por um desespero que sempre se resolve no último minuto;

* por causa do ítem anterior temos ótima resistência e treinamento nas batidas cardíacas acima do limite;

* não temos risco de ataque iminente visto que sempre seguramos o grito até o fim, e por isso, quando ele sai, manda junto todas as tensões;

* mesmo tendo coração azul nosso sangue é vermelho, logo, estamos acostumados a conviver com as coisas tristes da vida;

* e vivemos em paz todos os dias, porque o mar e o céu são azuis, e, como diria meu Tio Luís, mesmo em dia de chuva o céu continua azul, só que tem umas nuvenzinhas que nos impedem de ver isso, mas temos a certeza do azul sempre presente;

* por fim, só prá dar aquela sensação de grandiosidade: as duas maiores coisas do mundo são azuis (o céu e o mar)... e a terceira também...


Pesquisa: caso algum leitor gremista tenha problemas cardíacos, sugiro que poste um comentário no blog para que eu possa aumentar a teoria procurando justificativas plausíveis...